Génesis I

2012-2016, instalação, técnica mista sobre acrílico, madeira, 5 caixas de luz, 18x23x90 cm. (cada),  provas únicas
 
Coleção Figueiredo Ribeiro – Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes

“(…)Estas imagens espectrais e enigmáticas (Génesis II) operam, nas suas inesperadas formas, forças e ritmos, à fixação de recordações de luz – a matéria perde densidade e tudo passa a ser visto, entre os mesmos profundos cinzentos, pela sua incandescência, pela sua natureza luminosa obscurecida, atemporal e infinita.

Génesis I enceta o jogo da dualidade entre o positivo-negativo, delineando agora um percurso que parte da imagem para a matriz. Mais que a derivação do mesmo tema, Génesis II assinada a recuperação materializada da luz, provinda do sóbrio e ritmado alinhamento de colunas retangulares –

como verdadeiros sustentáculos de cintilação – a luz trespassa as subtilezas das matrizes, para cessar a sua função de médium de toda a visibilidade e revelar-se a si, ofuscante, como se eclodisse, como se buscasse determinar em absoluto a sua referência simbólica, a da excrescência divina, enquanto vida que não cessa de se fazer,  se excrescer[1](…)”

Andreia César, 2016 (excerto do texto “TREMOR”)

[1] MAIA, Tomás, Incandescência Cézanne e a Pintura, presented by Sara Antónia Matos, 1ª ed., Lisboa, Atelier-Museu Júlio Pomar/Sistema Solar, 2015

Génesis II

2012-2016, fotogramas, gelatina e prata sobre papel  Ilford FB mate paper, 30,5 x 40,5 cm. 
Edição de 2+1 prova de artista