Nesta exposição, a casa adquire o estatuto de organismo vivo, que sobrevive aos seus habitantes e que, mais importante, é um dos principais sustentáculos da memória deles, guardando as frágeis ruínas dessas vidas – reduzidas a vislumbres, mas, ainda assim, a uma forma de presença. Nesta evocação do papel da memória, o trabalho de Henrique Vieira Ribeiro evoca também Aby Warburg e o seu projeto Mnemosyneé, ao associar imagens distintas com base nas afinidades objetivas e subjetivas que mantêm entre si.
A Casa é uma exposição constituída por fotografias pertencentes a quatro séries diferentes, um vídeo de 22 minutos e alguns objets trouvés – ou, para ser mais exato, por alguns objetos mnemónicos escolhidos.