


(…) A exposição Paradeisos de Henrique Vieira Ribeiro apresentada no Laboratório de Química Analítica recria um éden imaginário. Citando o artista, “segundo Tomás Maia, Hegel diz que Paradeisos terá sido a primeira tradução grega para Éden, este compreenderia um recinto fechado contendo árvores de todas as espécies e animais.” (…)
Read More(…)A exposição é constituída por três instalações; a instalação PARADEISOS, formada por 6 desenhos e sombras de bonsais que criam desenhos com o seu próprio movimento autónomo; a instalação sonora, AURORA #01, composta por sons da natureza captados e editados pelo artista. É uma forma metafórica e distópica de trazer vida para dentro do museu. O ambiente bucólico gerado, contrasta com a morte anunciada pela presença massiva de bonsais sem vida e segundo Henrique Vieira Ribeiro, “cruza-se com a sensação de renovação de ciclo – de vida – introduzida pelo registo do som de um dia que (re)nasce.”(…) Em oposição espacial temos a instalação, CADÁVER #031, uma sombra projetada na parede de um bonsai. Citando Henrique Vieira Ribeiro, “o bonsai é uma árvore totalmente criada pelo Homem, todo o seu crescimento e desenvolvimento é uma pegada iluminista que se mantém.” (…)
Henrique Vieira Ribeiro com esta exposição pretende não só evocar a natureza, mas também refletir sobre a manipulação do Homem e da sua supremacia sobre ela. (…)
Excerto do texto “À memória de um bonsai cadáver” de Sofia Marçal